Jane Fonda e Geraldine Chaplin atuam nessa deliciosa comédia dramática que retrata um grupo de idosos que, aterrorizados pela ideia de viver em uma casa de repouso, decidem morar juntos
E se Vivêssemos Todos Juntos? conta no elenco com as sólidas atuações de Jane Fonda e Geraldine Chaplin, filha de Charlie Chaplin
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cinema contemporâneo tem, notadamente, aberto espaço para produções cuja a temática envolva a terceira idade. Dessa forma, se na década de 60 Hitchcock reclamava a François Truffaut sobre a imposições de Ingrid Bergman em aceitar apenas papeis destinados a sua idade, o que lhe atribuiria apenas personagens secundários em Hollywood, hoje, uma série de filmes espalhados pelo mundo tratam com protagonismo as questões do envelhecimento.
Assim, o filme romeno A morte do Sr. Lazarescu (2005) retrata a internação do idoso em um sistema de saúde falho, enquanto
Late Bloomers – O Amor Não Tem Fim (2011) trata com humor a descoberta do envelhecimento por meio de um casal beirando os 60 anos.
E se Vivêssemos Todos Juntos?
De tom agridoce, E se Vivêssemos Todos Juntos? (2011) é dirigido por Stéphane Robelin e conta no elenco com as sólidas atuações de Jane Fonda, vencedora do Oscar de melhor atriz por Amargo Regresso (1978), e Geraldine Chaplin, filha de Charlie Chaplin.
Na trama, a ideia quase utópica de todos os amigos morarem sobre o mesmo teto se concretiza após uma série de situações, que incluem o diagnóstico médico pessimista de Jeanne (Jane Fonda) e o consequente receio de quem cuidará de seu marido debilitado por inúmeros lapsos de memória e a visita a um asilo, no qual o grupo de amigos encontra o fotógrafo Claude, preso a uma cama após um infarto.
Ao mesmo tempo, a câmera de Robelin apresenta Dirk, estudante de antropologia, que, inicialmente contratado como passeador de cães, passa a estudar os hábitos dessa “república” autogerida, ao mesmo tempo em que auxilia os idosos, seja em compras pela internet e de remédios para disfunção eréctil, seja nas longas conversas com Jeanne.
Xadrez dramático
Tematicamente, a obra contrapõe as limitações do corpo, a perda de autonomia, a proximidade da morte e uma posição sempre distanciada dos filhos, aos ecos das trajetórias de vida dos protagonistas no presente narrativo, a sexualidade e essencialmente ao prazer de se viver.
E, nesse âmbito, se o filme foge de pontos pacíficos é para orquestrar um xadrez dramático, no qual cada mover de um personagem reverbera tanto na organização cenográfica da casa, quanto nas condições físicas e psicológicas dos protagonistas.
E se Vivêssemos Todos Juntos? não trata a velhice como ponto finito, mas como um continuo processo de construção e, não sem razão, a progressão se dá paralelamente à construção de uma gigantesca piscina no quintal, que, ao final da trama, estará repleta de netos sorridentes.
Serviço:
“E se Vivêssemos Todos Juntos?”, França/Alemanha, 2011, 96 min, Cor
Título original: “Et si on vivait tous ensemble?”
Gênero: Comédia/Drama
Direção e Roteiro: Stéphane Robelin
Com: Jane Fonda, Geraldine Chaplin, Guy Bedos, Daniel Brühl, Claude Rich, Pierre Richard, entre outros
Distribuição: Imovision Tag
Classificação etária: Livre
Nas locadoras: em DVD